PEP oferece curso técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais
Parceria entre SEE e FAOP abre possibilidade única de formação no país. A partir desta segunda-feira, 25, jovens de várias cidades do Estado começam o estudo de um ofício que vai bem além da intervenção em peças de valor histórico e artístico: o curso técnico em Conservação e Restauração de Bens Culturais da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), que passou a ser oferecido gratuitamente através do Programa de Educação Profissional (PEP), da Secretaria de Estado de Educação (SEE).
“O convênio com a SEE permitiu a gratuidade e atendeu a uma demanda da casa e da comunidade ouro-pretana: a maioria dos alunos é da região e estudou em escolas públicas”, afirma Gabriela Rangel, diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, pertencente à FAOP. A área de atuação é vasta, já que o profissional ao se formar poderá ter um ateliê próprio ou participar de projetos.
De acordo com Gabriela Rangel, o mercado em expansão tem provocado a falta de profissionais: “aqui em Minas há muita valorização do patrimônio cultural. As empresas investem e os próprios municípios começam a se preocupar”, conclui. A presidente da FAOP, Ana Pacheco, ressaltou que o curso é o único deste nível no país: “nos quatro módulos, os estudantes põem a mão na massa e recebem a base conceitual para sua atuação”, explica.
Reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em 2002, o curso prepara os profissionais técnicos para análise, diagnóstico e intervenção em questões de conservação e restauração de bens culturais móveis: Papel, Escultura Policromada, Pintura de Cavalete e Elementos Artísticos Integrados, como altares, retábulos e talhas. Para Ana Pacheco, a necessidade de restauração não é só para peças dos séculos XVIII e XIX: “há obras do Modernismo que precisam ser cuidadas”.
Estudante do 3.º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dom Pedro II, Claudiana Gomes Santana, 19, é uma das calouras e tem a perspectiva de que o mercado continue promissor quando se formar, daqui a dois anos: “Há muita necessidade de técnicos desta área aqui em Ouro Preto, principalmente para a restauração de igrejas e capelas”, conta.
Dentre os 30 alunos da turma, há também os que vieram de longe, como Ana Paula Lucena Nunes, 19, que é de Carajás, no Pará: “espero conciliar o conhecimento prático deste curso com minha futura graduação em arquitetura”, diz. Entre os colegas, no entanto, há quem encare a formação como uma especialização: “formei-me em Artes Plásticas na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no ano passado e espero aprofundar meus conhecimentos em história da arte e, possivelmente, trabalhar em museus”, relata Laura Teixeira de Oliveira, 24, de Monte Alegre de Minas.
A assessora pedagógica da entidade, Heloísa Davino, lembrou na aula inaugural, realizada na Casa Bernardo Guimarães, sede da FAOP, que a dimensão da restauração vai além da intervenção física: “ao trabalharmos uma peça, como uma imagem de santo, não mexemos apenas com seus detalhes históricos, mas com as crenças, a alma, o coração de um povo”.
Rede de formação profissional
Lançado em 2007, o PEP está proporcionando formação profissional a 43.143 jovens em 87 cursos de diversas áreas, entre elas Mineração, Turismo, Indústria, Agropecuária, Saúde, Comércio, Construção Civil, Gestão, Meio Ambiente, Química, Informática, Imagem Pessoal, Artes e Comunicação. Neste ano os investimentos somam R$ 83,6 milhões. Até agora já foram beneficiados 84 municípios. As aulas da segunda edição do PEP serão iniciadas no dia 1º de setembro.
O Programa utiliza a capacidade operacional e incentiva a participação das diversas instituições de formação técnica-profissional instaladas em Minas Gerais, incluindo as escolas particulares e o Sistema S – Senac e Senai. Inédita no Brasil, a iniciativa atende a demanda dos cursos de acordo com a necessidade de cada região do Estado.
O PEP oferece também oportunidades de qualificação básica para o trabalho. Esses cursos serão incluídos na parte diversificada dos currículos de todas as escolas estaduais de Ensino Médio. Esses cursos e a formação técnica em escolas credenciadas e conveniadas integram a Rede Mineira de Formação Profissional.
A constituição da Rede Mineira de Formação Profissional é uma estratégia da SEE para otimizar o aproveitamento da capacidade já instalada em Minas na área de formação profissional técnica em instituições privadas (filantrópicas, comunitárias, do sistema S e particulares) e instituições públicas (federais e municipais).
Até 2010, a Secretaria de Educação tem como meta criar oportunidade de formação técnica para 110 mil jovens, com recursos da ordem de R$ 217 milhões.
“O convênio com a SEE permitiu a gratuidade e atendeu a uma demanda da casa e da comunidade ouro-pretana: a maioria dos alunos é da região e estudou em escolas públicas”, afirma Gabriela Rangel, diretora da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade, pertencente à FAOP. A área de atuação é vasta, já que o profissional ao se formar poderá ter um ateliê próprio ou participar de projetos.
De acordo com Gabriela Rangel, o mercado em expansão tem provocado a falta de profissionais: “aqui em Minas há muita valorização do patrimônio cultural. As empresas investem e os próprios municípios começam a se preocupar”, conclui. A presidente da FAOP, Ana Pacheco, ressaltou que o curso é o único deste nível no país: “nos quatro módulos, os estudantes põem a mão na massa e recebem a base conceitual para sua atuação”, explica.
Reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), em 2002, o curso prepara os profissionais técnicos para análise, diagnóstico e intervenção em questões de conservação e restauração de bens culturais móveis: Papel, Escultura Policromada, Pintura de Cavalete e Elementos Artísticos Integrados, como altares, retábulos e talhas. Para Ana Pacheco, a necessidade de restauração não é só para peças dos séculos XVIII e XIX: “há obras do Modernismo que precisam ser cuidadas”.
Estudante do 3.º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Dom Pedro II, Claudiana Gomes Santana, 19, é uma das calouras e tem a perspectiva de que o mercado continue promissor quando se formar, daqui a dois anos: “Há muita necessidade de técnicos desta área aqui em Ouro Preto, principalmente para a restauração de igrejas e capelas”, conta.
Dentre os 30 alunos da turma, há também os que vieram de longe, como Ana Paula Lucena Nunes, 19, que é de Carajás, no Pará: “espero conciliar o conhecimento prático deste curso com minha futura graduação em arquitetura”, diz. Entre os colegas, no entanto, há quem encare a formação como uma especialização: “formei-me em Artes Plásticas na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no ano passado e espero aprofundar meus conhecimentos em história da arte e, possivelmente, trabalhar em museus”, relata Laura Teixeira de Oliveira, 24, de Monte Alegre de Minas.
A assessora pedagógica da entidade, Heloísa Davino, lembrou na aula inaugural, realizada na Casa Bernardo Guimarães, sede da FAOP, que a dimensão da restauração vai além da intervenção física: “ao trabalharmos uma peça, como uma imagem de santo, não mexemos apenas com seus detalhes históricos, mas com as crenças, a alma, o coração de um povo”.
Rede de formação profissional
Lançado em 2007, o PEP está proporcionando formação profissional a 43.143 jovens em 87 cursos de diversas áreas, entre elas Mineração, Turismo, Indústria, Agropecuária, Saúde, Comércio, Construção Civil, Gestão, Meio Ambiente, Química, Informática, Imagem Pessoal, Artes e Comunicação. Neste ano os investimentos somam R$ 83,6 milhões. Até agora já foram beneficiados 84 municípios. As aulas da segunda edição do PEP serão iniciadas no dia 1º de setembro.
O Programa utiliza a capacidade operacional e incentiva a participação das diversas instituições de formação técnica-profissional instaladas em Minas Gerais, incluindo as escolas particulares e o Sistema S – Senac e Senai. Inédita no Brasil, a iniciativa atende a demanda dos cursos de acordo com a necessidade de cada região do Estado.
O PEP oferece também oportunidades de qualificação básica para o trabalho. Esses cursos serão incluídos na parte diversificada dos currículos de todas as escolas estaduais de Ensino Médio. Esses cursos e a formação técnica em escolas credenciadas e conveniadas integram a Rede Mineira de Formação Profissional.
A constituição da Rede Mineira de Formação Profissional é uma estratégia da SEE para otimizar o aproveitamento da capacidade já instalada em Minas na área de formação profissional técnica em instituições privadas (filantrópicas, comunitárias, do sistema S e particulares) e instituições públicas (federais e municipais).
Até 2010, a Secretaria de Educação tem como meta criar oportunidade de formação técnica para 110 mil jovens, com recursos da ordem de R$ 217 milhões.
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